quarta-feira, 19 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
Festival de Pizza na Pasárgada Tupiniquim
Vivo me queixando do jeito "Capes de Ser" em que somos absorvidos, quase tragados pelo produtivismo a todo custo. Todavia, hoje confesso que com o Cão-curso no qual acabei de ser mordida, um pouquinho de jeito Capes desencorajaria a patota de amigos do rei.
De repente fiquei com uma saudade dos critérios da Capes e do CNPq que reduziria em muito a ousadia dos Pasárgadistas de plantão. Afinal na Pasárgada Tupiniquim tem tudo, disso não duvide não, tem até mesmo leitores vesgos que aviltam o cidadão!
De repente fiquei com uma saudade dos critérios da Capes e do CNPq que reduziria em muito a ousadia dos Pasárgadistas de plantão. Afinal na Pasárgada Tupiniquim tem tudo, disso não duvide não, tem até mesmo leitores vesgos que aviltam o cidadão!
"Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive"
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive"
Manuel Bandeira ( http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp)
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Tudo dantes no Quartel de Abrantes
Cresci ouvindo essa expressão “tudo dantes no quartel do Abrantes” que numa certa altura chegou mesmo a dar problema de entendimento.
Segundo informações,
“Diz-se do que permanece sempre na mesma, sem alteração.
Respondia com esta frase o povo quando (em Portugal])perguntado sobre como iam as coisas, no tempo da primeira invasão francesa (1806). De fato, Junot instalara, calmamente, o seu quartel-general em Abrantes. Em Lisboa, nada se fazia com intenção de se opor ao avanço do general francês. Ninguém lhe ousava resistir. D. João VI, que era o regente, não fazia nada no sentido de evitar a progressão de Junnot para Lisboa. Daí que, quando alguém perguntava o que se passava, a resposta fosse tal frase.” (http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060818112242AAE1d1Q)
Ao que tudo indica o Quartel de Abrantes contemporanizou-se e veio parar em terras brasileiras...
- Se você estuda muito, esse é o problema.
- Se faz mestrado, esse é um problema.
- Se faz doutorado no tempo e produz, esse é o problema.
- Se faz pós-doutorado, dá problema!
- Se tem articulação nacional e internacional, mais problema!
- Se publica, há problema!
- Se orienta e inova em cursos, mais problema!
- Se é pesquisador do CNPq, que problema!
- Se faz tudo isso e ainda é jovem, você é o problema!
A arquitetura da mediocridade não dura para sempre, ainda bem!
Como se dizia lá em Portugal e também aqui “Tudo dantes, no quartel de Abrantes”.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
OS FLANDRES, OS MOINHOS DE VENTO E A TITULARIDADE
Nos últimos dias, tenho me dedicado a encontrar poesia nas folhas de flandres e isso significa para mim um exercício muito difícil de introspecção - pensar mais,falar menos e projetar a seta.
Nesses termos as metáforas tornaram-se a minha companhia de viagem.
Tenho me lembrado muito de uma seção dedicada à guerra em um Museu que conheci em Veneza. As armaduras de prata reluzentes colocadas alí naquela sala me provocaram, na ocasião, horror e fascínio. Confesso que preferi vê-las despossuidas das almas em guerra. Mas como eram lindas aquelas couraças! Vi arte nelas...
Voltando à minha batalha local, penso que ante ao risco provocado pelo sonho primaveril ou ousado de titularidades em terra alheia, vestirei minha couraça de flandres e sairei por ai. Não sei se o risco me colocará sob a proteção do ninho de flandres projetado por EVA ou diante dos moinhos de ventos ainda mais quixotescos.
No momento,o conhecimento (amado meu) me convida a seguir adiante. Qual Quixote amealhei meus pueris instrumentos de guerra e tomo a dignidade por fiel escudeira num tempo em que escudeiros de carne, osso e paixão tornaram-se mais e mais raros.
Espero encontrar no caminho o espírito redivivo de Cervantes entre os meus leitores, dado que ele, como eu, tinha inclinação natural à leitura. Ao ponto de dizer certa feita ser amigo "de ler até os papéis esfarrapados das ruas".
Sigamos pois, nesse percurso que ata em uma poesia inattendue : flandres, moinhos de ventos e titularidades...
Nesses termos as metáforas tornaram-se a minha companhia de viagem.
Tenho me lembrado muito de uma seção dedicada à guerra em um Museu que conheci em Veneza. As armaduras de prata reluzentes colocadas alí naquela sala me provocaram, na ocasião, horror e fascínio. Confesso que preferi vê-las despossuidas das almas em guerra. Mas como eram lindas aquelas couraças! Vi arte nelas...
Voltando à minha batalha local, penso que ante ao risco provocado pelo sonho primaveril ou ousado de titularidades em terra alheia, vestirei minha couraça de flandres e sairei por ai. Não sei se o risco me colocará sob a proteção do ninho de flandres projetado por EVA ou diante dos moinhos de ventos ainda mais quixotescos.
No momento,o conhecimento (amado meu) me convida a seguir adiante. Qual Quixote amealhei meus pueris instrumentos de guerra e tomo a dignidade por fiel escudeira num tempo em que escudeiros de carne, osso e paixão tornaram-se mais e mais raros.
Espero encontrar no caminho o espírito redivivo de Cervantes entre os meus leitores, dado que ele, como eu, tinha inclinação natural à leitura. Ao ponto de dizer certa feita ser amigo "de ler até os papéis esfarrapados das ruas".
Sigamos pois, nesse percurso que ata em uma poesia inattendue : flandres, moinhos de ventos e titularidades...
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