sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tudo dantes no Quartel de Abrantes


Cresci ouvindo essa expressão “tudo dantes no quartel do Abrantes” que numa certa altura chegou mesmo a dar problema de entendimento.
Segundo informações,
“Diz-se do que permanece sempre na mesma, sem alteração.
Respondia com esta frase o povo quando (em Portugal])perguntado sobre como iam as coisas, no tempo da primeira invasão francesa (1806). De fato, Junot instalara, calmamente, o seu quartel-general em Abrantes. Em Lisboa, nada se fazia com intenção de se opor ao avanço do general francês. Ninguém lhe ousava resistir. D. João VI, que era o regente, não fazia nada no sentido de evitar a progressão de Junnot para Lisboa. Daí que, quando alguém perguntava o que se passava, a resposta fosse tal frase.” (http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060818112242AAE1d1Q)

Ao que tudo indica o Quartel de Abrantes contemporanizou-se e veio parar em terras brasileiras...
  • Se você estuda muito, esse é o problema.
  • Se faz mestrado, esse é um problema.
  • Se faz doutorado no tempo e produz, esse é o problema.
  • Se faz pós-doutorado, dá problema!
  • Se tem articulação nacional e internacional, mais problema!
  • Se publica, há problema!
  • Se orienta e inova em cursos, mais problema!
  • Se é pesquisador do CNPq, que problema!
  • Se faz tudo isso e ainda é jovem, você é o problema!
Acho que problema mesmo é habitar o quartel do Abrantes. Lá a corte real ainda  finge não ver que o rei está nu e aveugle perante as mudanças de nosso tempo.
A arquitetura da mediocridade não dura  para sempre, ainda bem!
Como se dizia lá em Portugal e também aqui “Tudo dantes, no quartel de Abrantes”.

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